sexta-feira, outubro 6

Amigo é coisa prá se guardar...





Hoje meu coração aordou todo pimpão.
Há anos eu sigo uma amiga nas redes sociais. Nós nos conhecemos em um navio há 20 anos atrás.
Ela tinha três meninos - entre 5 e 8 anos e a Anita era uma bebéia de três meses.
Eu me mudei de país e o nosso contato ficou restrito ás redes sociais. Vi os meninos crescerem, se fomarem, dois se casaram. Fui acompanhando tudo á distancia. Vibrando com cada conquista, celebrando cada vitória.
Aí ontem não me aguentei e mandei uma mensagem pro Marcelo, o filhote mais velho, que hoje tem 28 anos.
Marcelo, você não deve se lembrar de mim. Sou Amiga da sua mãe e te conheci num Cruzeiro. Você devia ter uns 8 anos. O tempo passou, eu nem vi.
Agora eu abro o Facebook e vejo você, todo grown up, viajando, trabalhando... É uma sensação estranha, vejo o homem e me lembro do menininho.... Mas queria mesmo te dar um beijo e dizer que fico aqui, torcendo por você, brincando de Tia torta á distancia...

Vocês não imaginam a alegria que eu senti quando veio a resposta -

- Hahahaha..como eu poderia nao lembrar..1997..lembro das suas 2 filhas e do Fabio tbm

 Conversamos um tempão, eu o apresentei para a Anita que está tentando uma vaga no curso de direito e até pedi para ele deixa-la assistir uma de suas aulas no Brasil.

O menininho introvertido, de olhos curiosos e raciocínio rapido é hoje um homem feito. O advogado e professor de direito, prá mim, vai ser sempre aquela criancinha que eu conheci em 1997.

Fiquei feliz de ter escrito para ele. Muito mais feliz de saber que ele se lembra de nós.
Isso só me confirma a teoria de que os laços não se desfazem ao vento!

segunda-feira, outubro 2

O cozinheiro fujão



Um cozineheiro que vamos chamar de Barrigudo decidiu desmontar a maquina de fatiar frios e vegetais.
Desmontou e montou. Desmontou e remontou. E um belo dia desmontou e nunca mais apareceu.
Nós nunca mais ouvimos falar dele, Achamos que tinha morrido. Que tinha sido abduzido por extra terrestres. que tinha sido raptado ou fugido para uma ilha paradisíaca.
Quando fomos montar a máquina, não conseguimos. Chamamos o tecnico...e... estava faltando uma peça.
Mistério solucionado. O Barrigudo quebrou a maquina e fugiu na madrugada. Otima educação os pais deram ao rapazote, não foi??



One of my cooks, let's call him Belly, decided it was a good idea to disassemble our slicer.
He disassembled and put it together. Disassembled and re assembled. Disassembled ... and ...disappeared.
No one understood what happened. Some though he was dead. Some thought he was taken by ETs. When we tried to put the slicer together and could not, we called a technician. A part was missing.
No shit, Sherlock! Belly broke the piece and to hide his crime, simply disappeared.
Great job someone did raising this person. First screw up. they run for the hills...

quinta-feira, março 2

Havana - Primeiro Dia


Havana é um mundo a parte.
Carros antigos ( classicos Americanos dos anos 50), disputam espaço com carros velhos ( russos, japoneses de mais de 30 anos), num festival de gases toxicos.
Os carros novos ( os poucos que circulam por aqui) são de aluguel e pertencem ao governo – como todo o resto. Pelo menos isso é o que me diz o taxista, que rapidamente completa o raciocínio-
Cuba é o melhor país do mundo. Não há lugar igual. Aqui não há analfabetos. Não ha violência, quer dizer, há muito pouca violência. Não há prostituição ( OI??). Não há jogo.
Todo mundo vai á escola. Todo mundo é educado. Aqui é o melhor lugar do mundo.

Havana is unique.
Classic cars ( American models from the 50s) share the streets with old cars ( European, Asian, over 30 years old). The streets resemble a gas chamber.
A few new cars are visible. They are rentals, and belong to the government, like most things here.
This information came from my taxi driver, who quickly completed -
Cuba is the greatest place on Earth. There is nothing like it.Everyone goes to school. There is no violence, at least not a lot of violence. We have no prostitution ( WHAT?) . No gambling.
This is definately the best place on Earth.

Fachada da Casa Marinque, onde ficamos
Front of the House where we stayed

Chegamos á casa onde ficaremos hospedadas e fomos recebidas pela empregada. Pouco depois, descubro que são três empregadas na casa. Mais um jardineiro e dois rapazes que se revezam á noite, acordados, vendo se os turistas precisam de alguma coisa, se tudo está bem com os hóspedes.
São três quartos de aluguel. A dona da casa era advogada, mas ela me conta que não compensa trabalhar na sua profissão. Há alguns anos o governo permite que se tenham alguns negócioos próprios, com impostos altíssimos, frisa ela, mas muita gente tem optado por essa rota.
Com a sua casa, ela dá emprego a pelo menos outras sete pessoas  e ainda sustenta  a sua familia.

We arrived at the AirBNB where we were going to spend our first 3 nights and the maid welcomed us. Not long after, we find out there are three maids in the house, plus a gardener and two "watchboys"who spend the nigjht awake, making sure everything is ok, everyone is safe and no one needs anything.
The house has three bedrooms for rent. The hostes is a lawyer who decided it was not worth working in her profession and decided to dedicate herself to AirBnB.
A few years ago,  the Cuban government decided to allow locals to have their own businesses - and even with very high taxes, many people chose this route.
Reysa, our hostess, employs another 7 people and supports her family running the hostel.

Corredor que dá para os quartos da casa
Corridor in front of the bedrooms

A casa é na parte Central de Havana. Quarto grande e arejado. O interessante sobre essas casas é a arquitetura delas. A sala é ampla e dela se sai para um corredor aberto, com uma jardineira em toda a sua extensão. Os quartos dão para esse corredor – e no final dele, há a cozinha e um banheiro 
moderno.

Our house is in Central Havana. The bedrooms are big and airy. The arctecture of these houses are very unique.A large living room opens to an open corridor - where you have access to the bedrooms. In the end, the kitchen and a modern bathroom.


O "Jardim" que tem até um jardineiro 

Achei a arquitetura  interessante mas não pensei muito mais nisso.
A fumaceira dos carros atacou a minha asma e eu estava tendo uma certa dificuldade em respirar.
Já eram mais de 3 da tarde quando chegamos á casa. Foi o tempo de um banho para tirar o grude, um cochilo rapido e fomos dar uma caminhada curta.

Queriamos mesmo era encontrar uma internet café, mas não tivemos nenhuma sorte.
Em alguns pontos das ruas, haviam muitas pessoas sentadas, conectadas á internet, mas nossos telefoens não conseguiam conexão.

Só depois soubemos que não existe internet livre no país. Há alguns pontos de wi fi, mas você precisa ter o cartão da internet do governo ( 2 CUC por hora).

Depois um taxi ao Centro Velho de Havana para uma espiadinha na cidade e fomos a um hotel para nos conectar e avisar todo mundo que estavamos sãs e salvas . E que por favor não esperassem muito contato. Encontrar internet aqui é uma saga.

All the smoke on the streets made it hard for me to breathe.
It was already 3 pm when we reached our Hostel. We had a quick shower, a nap and we decided to go for a walk.
The plan was to find an internet café and call or e mail our families.
In some points, we saw many people sitting on benches. using their phones. We tried to conect to wi fi with no sucess.
Much later, we found out Cuba does not have internet readily available.
There are  a few points of wi fi and you need to buy a government card with a password to access it.
The conection is poor and hard to find.
We got into IberoStar - our internet refuge for the next few days, contacted our families, told them we were fine and made sure to explain we could go without contacting them for many days to come...
Holly was excited and we walked quite a bit through the streets of Old Havana.

terça-feira, fevereiro 28

CUBA



Havana – Primeiras impressões

Depois de um pinga pinga desumano ( Phoenix – Denver – Tampa _ Fort Lauderdale) , chegamos a Havana.
O aeroporto parecia saido de um filme antigo e assim que desembarcamos, passamos pelo raio X – para ter certeza que a Policia Federal Americana não deixou passar nenhum artigo proibido.
Pegamos nossas malas e fomos trocar nossos preciosos dolares por CUC – a moeda para estrangeiros em Cuba.
Um policial me abordou na fila
- Que moeda você traz?
-          -Dolares
-          -Então é naquela fila
Vi uma movimentação estranha – chama um, chama outro, ai vem uma mocinha com um uniforme que não consegui identificar e se prontificou a fazer a transação ali, no meio do saguão do aeroporto.
Foi o nosso primeiro contato com os negócios não oficiais de Cuba.
Agradeci e voltei para a fila do cambio official do governo. Durante toda a minha espera, a menina dizia sorrindo 
–  Venha. Eu te pago mais que eles.
Simpática e insistente, ela sorria e me chamava para a troca.
Como sou muito desconfiada, fiz a troca official. 100 dolares – 86 CUC. Isso mesmo, dolares Americanos tem uma taxa extra de 10% sobre a conversão. A viagem vai ser mais cara do que esperávamos!

Entramos num taxi ( um LADA 86 caindo aos pedaços ) e começamos a nossa jornada .


Havana - First Impressions

After an inhumane trip ( Phoenix - Denver - Tampa - Fort Lauderdale), I finally got to Havana.
The airport reminded me of those old movies. Out of the plane, off to the X Ray tyo make sure you did not bring anything you shouldn't. The suitcases arrived a little while later and all we had to do was exchange money and get on our way...
A policeman aproached me at the Money Exchange line and asked what currency I would like to exchange.
- American Dollars
He pointed me to another place and said it was there.
When I arrived where he pointed, i saw a different routine. people going in and out of a small room. No booths, no signs. Then a woman in an uniform I could not really identify ( a nurse, maybe?) offered to exchange our money right there, in the middle of the airport .
I politely declined and went back to the official booth.
Holly was confused on how a policeman could be offering us to trade money on the black market, right in front of everyone's eyes.
Being Brazilian, I opted for the safe route - $ 100 dollars for $ 86 CUC, the Cuban money for tourists. American Dollars have an extra 10% added to the bill...to pay for all the suffering Cuba endured with the block in the last 60 years.
We got some local currency, got into a taxi ( A russian Lada 86, falling apart) - and off we went to town. Our journey was about to start.